A verdadeira origem desse site remonta a 1997, quando foi hospedado no extinto sites.uol.com.br, espaço de 512B, isso mesmo, quinhentos de doze bytes, no qual era possível publicar algumas páginas e foi sob o endereço vladimir.sites.uol.com.br que a saga começou.
Em 5
de março de 1998, quando o registro este domínio foi deferido pela
FAPESP - Funcação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, que era
o órgão de controle da internet brasileira naquelas épocas, ainda não
existia a web 2.0. Estávamos na web 1.0 ou web primitiva na qual não
existia interação entre pessoas e sistemas ou páginas.
Era o tempo do HTML estático. Não existia, ainda, linguagens dinâmicas
como java, php, asp e o javascript (não confunda com o java, que é uma
linguagem propriamente dita) ainda engatinhava.
O tempo passou e surgiram as linguagens dinâmicas, citadas no
parágrafo acima, e com elas, nasceram os CMSs (Contents Manangers
Systems - ou Sistemas de Gerenciamento de Conteúdo) baseados nestas
linguagens dinâmicas.
O pioneiro dos CMSs foi o PHP-Nuke, baseado na linguagem livre
PHP e possibilitava a criação de conteúdo interativo como chats,
enquetes, fóruns e outros recursos que permitiam às pessoas
interagirem com a rede. Depois surgiram o Jomla, o Drupal,
e diversos outros, destinados ao mesmo fim do PHP-Nuke.
Recentemente surgiram o Moodle, destinado ao gerenciamento de
conteúdos educacionais e, por último, surgiram os gerenciadores de
blogs, como o Blogger e o Wordpress.
Todos
os gerenciadores citados são bons. Cada um tem seu mérito, mas todos
eles tem seus problemas. Com a eclosão da Era Mobile, à qual,
devido aos dispositivos, plataformas e paradigmas podemos chamar de
Web 3.0, os gerenciadores de conteúdo mostraram seu primeiro e maior
inconveniente: o peso para abrir páginas. Por peso para abrir páginas
entenda-se a demora em entregar o conteúdo na tela do dispositivo e o
consumo de dados.
Nos planos de banda larga móveis (Internet móvel) paga-se por
quilobaite (KB) baixado e os gerenciadores de conteúdo consomem muitos
KBs para mostrar uma página.
E
por que isso acontece?
Os CMSs armazenam o conteúdo de suas páginas em tabelas de bancos
de dados como o PostgreSQL (livre), o M$-SQL (propriedade da
Micro$oft), o MySQL (licença GPL, mas propriedade da Oracle), o
MariaDB (fork do MySQL e de licença livre) e ao receber uma
solicitação, ou seja, um clique em algum atalho (link), o gerenciador
tem que percorrer todas as tabelas do banco de dados, encontrar o
conteúdo solicitado, organizar, formatar e entregar à tela do
dispositivo, mas isso demora, além de consumir banda. Com o aumento no
número de páginas publicadas as tabelas de conteúdos (posts) aumentam
de tamanho, demandando mais esforço do gerenciador na sua leitura e,
consequentemente, aumento no tempo e no consumo.
Qual a saída?
A melhor saída para este problema é o retorno ao velho e bom HTML
estático, mas ele tem um problema sério: para criar páginas neste
formato é necessário ou conhecer a linguagem HTML ou então utilizar um
editor web. Existem diversos editores web. O mais famoso (e caro) é o
DreamWeaver, sendo o mais completo em termos de recursos, mas seu
preço é proibitivo (US$1.500,00 dólares). É possível fazer paginas
HTML usando o MS-Word e também o LibreOffice ou ainda, os excelentes Bluefish
e Bluegriffon, que são editores livres,
desenvolvidos originalmente para Linux, mas que tem versões para o M$-Windows.
Então, o que significa o "Voltando às origens"?
Após anos utilizando PHP-Nuke e Wordpress e ao deparar-me com os
problemas que ambos tem com a navegação em dispositivos móveis, decidi
retornar às minhas origens.
Pelos idos de 1998, até 2005, quando adotei o PHP-Nuke, eu produzia
meu conteúdo em HTML estático. Comecei usando o Word 97 do Office 97
Pro. Passei, depois para o Front Page 2000 e por último utilizei os
editores Coffie Cup e DreamWeaver CS3, mas agora retorno aos bons
tempos utilizando o Bluegriffon no meu Debian
Linux. Apesar dele fazer quase tudo sozinho, muita coisa
precisa ser feita "no braço", especialmente o CSS, que ele até
faz, mas que não é nada intuitivo, sendo mais fácil "fazer na raça" ou
"na unha", como dizem os programadores.
O resultado...
Bem... Em termos de resultados, não fica nada bonito e atraente
como em um gerenciador de conteúdo, mas é leve e não consome dados dos
planos de banda larga que, no Brasil, são de péssima qualidade por
serem muito lentos e ainda, serem muito caros e com franquias
baixíssimas. Um plano de dados para tablets da TIM custa R$49,90 por
mês para uma franquia de 800MBs. Isso é "um suspiro de virgem", como
dizia um ex-professor da UFPR, nos meus bons tempos de faculdade, se
comparados com os planos europeus, norte-americanos e asiáticos que,
além de entregarem Gigabytes (GBs) de franquia, já estão na era do 4G
(banda larga de quarta geração).
Os leitores deste sítio que me perdoem, mas estou sacrificando a
beleza em prol da economia.
Grato, seja bem vindo e boa leitura.