Enquanto os tempos históricos têm a duração de seis mil anos, a pré-história durou, no mínimo, um milhão de anos, apesar de que esta cifra hoje é contestada pôr eminentes arqueólogos, estes preconizando a duração da pré-história com aproximadamente um milhão e quinhentos mil anos, e pôr isso, considerar-se-á, para este resumo da história, como um milhão de anos mesmo. Um milhão de anos porque existem testemunhos indiscutíveis da presença do homem na terra desde o período plistoceno, o primeiro da era quaternária ou atual. Continue lendo
Arquivo da categoria: História
Das origem do homem até as primeiras civilizações
O primata assumiu a postura vertical
E assim nasceu o Homo erectus
“O homem fabricou os seus engenhos
E assim nasceu o Homo faber
O homem criou o Estado
E assim nasceu o Homo politicus
O homem fez a guerra
E assim nasceu o Homo terrificus
O homem descobriu o prazer
E assim nasceu o Homo ludens
O homem criou a automação
E assim nasceu o Homo ciberneticus
O homem de um passo no cosmo
E assim nasceu o Homo astronauticus
E agora, para onde?
Homo incognitus“.
– Wilson Luiz Sanvito
“Para o ser, nunca houve começo, pois o nada não pode dar origem à alguma coisa.
Tudo eram trevas, pois não havia a LUZ, e a LUZ não veio das trevas, pois as trevas são a ausência de LUZ.”
“No princípio estava o VERBO.
E o VERBO estava com DEUS.
E DEUS era o VERBO.
O TODO foi feito pôr ELE.
Sem ELE, nada do que é feito, foi feito.
NELE estava a VIDA.
E a VIDA era a LUA dos homens.
E a LUA resplandece nas TREVAS.
E as TREVAS não a absorve.
E o JUIZ SUPREMO DO UNIVERSO DISSE:
“FAÇA-SE A LUZ!!!
E a LUZ se fez.
QUE A LUZ SEJA DADA A TODO UNIVERSO”.
E o CRIADOR-INCRIADO ordenou todos os fenômenos no universo com tal precisão que estes acabaram chegando ao ápice da criação: o HOMEM, a mais perfeita criatura animada do universo do SENHOR, que é tangível para os olhos dos humanos mortais.
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As Ciências Alquímicas Através dos Tempos
Pré-história
- Das origem do homem até as primeiras civilizações
- Um milhão de anos de Pré-história
- Onde tudo começou: as origens da Farmácia
Idade Antiga
- O Egito Antigo
- A Mesopotâmia
- China: uma civilização antiquíssima
- Magna Grécia e o mundo grego antigo
- Hipócrates de Cós e outros Alquimistas gregos
- Macedônia
- Os Persas
- Os Romanos
- A conquista cristã do Império Romano
- As grandes invasões
- Os Hebreus
- Os Fenícios e a difusão da cultura oriental
- Mais alguns Alquimistas da antiguidade clássica
Idade Média
- Os Bárbaros e as modernas nações européias
- As Cruzadas
- As artes e as letras na Idade Média
- O Império do Oriente
- Instituições Medievais: Feudalismo
- Hindus: os verdadeiros inventores do alfabeto
- Os Árabes
- A Alquimia medieval
- Paracelso e os grandes alquimistas da Idade Média
- O Édito Régio de 1240 d.C.
- O juramento dos Farmacêuticos da Idade Média
- A Irmandade da Santa Casa de Firenzzi
- O suplício do pobre e infeliz Príncipe Orsini
- Os primeiros Boticários reconhecidos
Idade Moderna
- A primeira Farmacopéia
- As grandes navegações
- O Renascimento
- A Reforma e suas consequências
- As Farmácias dos séculos XV ao XVIII
- A Real Sociedade dos Apotecários de Londres
- A Farmácia no Novo Mundo
Idade Contemporânea
- A Revolução Francesa
- A Farmácia nos primeiros tempos da idade atual
- O primeiro Farmacologista experimental
- A Padroeira da Farmácia moderna
- Louis Pasteur
- Robert Koch
- Paul Ehrlich
- A Primeira Guerra Mundial
- Alexander Fleming
- The Food and Drug Administration
- Richard Gordon e sua assustadora história da medicina
- Título ilegal
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Introdução
“A história é como um profeta: tem os pés no presente, os olhos voltados para trás, e contra o que foi, prediz o que virá”.
– Eduardo Galeano.
“O historiador não escreve a história, apenas transcreve os fatos, baseando-se na interpretação dos documentos verídicos que encontra. Quem escreve a história é o protagonista dos eventos, pois é ele quem controi o momento, o episódio, o acontecimento.”
– O Autor.
Esta obra traz um breve relato da história da farmácia. Uma história feita de muito sacrifício, perspicácia, espírito de aventura, busca incessante de novos conhecimentos e descobertas. Uma história repleta de lances heróicos, fascinantes e até engraçados e pitorescos. Uma história que teve muitos de seus episódios escritos com a ponta e o fio da espada, usando como tinta o sangue dos alquimistas e boticários do passado e como borracha de apagar “erros” (entre “aspas” porque a farmácia era vista como algo errado, apesar de os verdadeiros errados serem os algozes inquisitores, reis, tiranos, clérigos e todos os que viam nos farmacêuticos uma ameaça à sua supremacia), as chamas das fogueiras da intolerância política ou religiosa. Uma história de um milhão de anos que se inicia no exato momento em que os primeiros humanóides apareceram sobre a terra e se desenrola graças a dedicação, devoção e doação de si mesmos dos pioneiros desta gloriosa ciência, cujas vidas sacrificaram em prol da ciência que sempre foi abraçada com devoção, louvor e até fervor por todos os que ousam romper com o comodismo, com o dogmatismo barato das pseudo-ciências que se dizem sérias, mas que na realidade vivem penduradas nas pesquisas e nas descobertas dos boticários, alquimistas e farmacêuticos de todos os tempos e lugares do universo.
Além da história da Farmácia, inclui-se também um breve histórico da Psicologia que também é antiga como ciência, apesar de ter se tornado profissão apenas há pouco tempo, mais precisamente no começo desse século XX. A psicologia caminhou junto com a farmácia nas épocas em que não havia divisões precisas entre as ciências, no tempo em que existia apenas a alquimia e a propedêutica, mas não possuíam elas seu campo delimitado, seu espaço próprio e por isso a psicologia vivia embutida nos dogmas, pressupostos e arcabouços dos alquimistas.
Finalizando, traz ainda um resumo da história da Educação, justificada pelo fato de todas as transformações sociais e científicas terem sido determinadas por ações educacionais, ou então conseqüências do ensino.
Objetivando clarificar melhor a origem dos fatos históricos ligados às ciências aqui estudadas historicamente, acrescentou-se um relato da história de cada povo, instituição ou movimento que contribuiu para os acontecimentos narrados aqui e para que o leitor possa ter uma idéia de como era o mundo e as pessoas nas épocas citadas.
A idéia deste trabalho de pesquisa histórica nasceu da dificuldade em se encontrar numa única referência bibliográfica, a história da farmácia e quando, como estudante de graduação do Curso de Farmácia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná, necessitei elaborar um relatório de estágio em farmácia de manipulação e dispensação, e como sempre apreciei muito a história, tendo a convicção de que o profissional desconhecedor ou ignorante sobre a história de sua profissão, de sua ciência, não passa de um pseudo-profissional, cheio de importância mas nulo de eficiência, resolvi buscar um pouco da história de nossa profissão e transcrevi resumidamente em meu relatório intitulado “Memória do estágio em manipulação e dispensação” e quando minha supervisora, a professora Meri de Oliveira Poluchuk o recebeu para corrigir, me agraciou com a nota máxima, com menção de “10 (dez) com louvor” e seu entusiasmo levou-me a prosseguir na pesquisa, na busca de documentos e fatos históricos incontestáveis e comprováveis com documentos, chegando a esse texto que agora apresento, após três anos de pesquisa, reconhecendo não ser completo, ou seja: não contém toda a história da farmácia e da psicologia, pois grande parte de seus lances mais belos, corajosos ou pitorescos ficaram perdidos e enterrados no passado. A grande maioria dos documentos foram destruídos pelos inimigos da nossa ciência-mãe, a alquimia, quer sejam eles: os médicos e a Igreja Católica medieval.
Os primeiros viam na alquimia uma ameaça à sua supremacia como senhores da ciência, enquanto a igreja católica, temente do poder contestador dos alquimistas, procurava renegá-los aos graus de hereges, de enfeitiçados, de possuídos ou de discípulos de satanás. Infelizmente esse estado de coisas atravessou toda a idade média a perdurou até meados do século XVIII, podendo se dizer, sem um mínimo de dor na consciência que esse comportamento vil e mesquinho dos donos do poder daquelas épocas emperrou as ciências e atrasou em séculos, ou mesmo em milênios o progresso e o desenvolvimento da humanidade, ou então sua autodestruição. Quem sabe?
Embora esta obra esteja dividida em sessões, capítulos e tópicos, durante toda a extensão da obra aparecerão associações entre fatos e eventos ocorridos no passado ou no futuro, pois a história não é uma ciência estanque, compartimentalizada. Cada fato histórico corrobora o que está escrito em pontos mais a frente ou atrás da citação lida no momento e por isso, neste texto aparecem fatos ocorridos na antigüidade clássica sendo relacionados e comentados comparativamente com fatos ocorridos na idade contemporânea, e vice-versa, de modo que o leitor pode ter uma visão global dos motivos reais da ocorrência do fato histórico, ratificando a máxima de Eduardo Galeano transcrita na epígrafe dessa introdução à obra.
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Agradecimentos
À DEUS, em quem acredito e confio, pela inspiração e graça de elaborar e executar este projeto.
A todos pais e mães brasileiros, nas pessoas de meus pais, NELSON ANTONINI (in memoriam) e MARIA HELENA ANTONINI, pois o amor tem nuances que só ele pode explicar. Permitiram-me a vida por amor. Emprestaram-me suas bocas para que pudesse falar, seus pés para que eu pudesse andar, seu amor para que pudesse existir e como se a existência fosse pouco, deram parte de suas vidas para que a minha existência tivesse sentido. Hoje, apesar de muito ter aprendido, não aprendi ainda algo que seja suficiente em substituir um simples obrigado.
À minha irmã, Professora NELMA ANTONINI BERTOLAZZO, pela colaboração na revisão da história da educação.
Ao Farmacêutico-bioquímico Doutor MUSTAFA HASSAN ISSA pela colaboração na revisão das histórias da farmácia e da psicologia ligadas aos povos muçulmanos.
À Professora MERI DE OLIVEIRA POLUCHUK, supervisora e responsável pela disciplina de Estágio Supervisionado em Farmácia, do Curso de Farmácia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná, cujo entusiasmo e confiança serviram de incentivo para a elaboração deste projeto de pesquisa.
Às Farmacêuticas-Bioquímicas Doutoras MARIÂNGELA MENDES DE GODOY e ALDACÉLIA BRUM RIBEIRO, da Farmácia do Hospital Psiquiátrico Nossa Senhora da Luz e Dom Alberto, pela orientação dispensada durante o estágio curricular em farmácia de manipulação e dispensação e que serviram de ponto de partida para este livro.
Ao Professor Doutor JOSÉ CRIPPA pelos valiosos ensinamentos que me guiam até hoje pelos tortuosos caminhos das ciências.
À Senhora RITA MARIA PERDONCINI, bibliotecária responsável pela Biblioteca do Curso de Farmácia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná pela catalogação e pela colaboração na busca do material histórico para a execução deste projeto.
À Senhora LEONILDA HONNICKE e à Senhorita ADRIANA GABRIEL pelos trabalhos de digitação e diagramação dessa obra.
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Dedicatória
Colaboradores
É permitida a reprodução parcial, desde que citada a fonte.
Depósito legal na Biblioteca Nacional, conforme Decreto 1825, de 20 de dezembro de 1907.
Colaboradores:
- Dr. MUSTAFA HASSAN ISSA – Revisão da História Árabe e outros povos do Oriente Médio.
- Profa. NELMA ANTONINI BERTOLAZZO – Revisão da História da Educação.
- Sra. LEONILDA HONNICKE – Digitação.
- Sra. RITA MARIA PERDONCINI – Catalogação e Pesquisa Bibliográfica.
- Srta. ADRIANA GABRIEL – Digitação.
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Ficha Catalográfica
- Ficha catalográfica da edição impressa preparada pela Biblioteca do Curso de Farmácia do Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná.
Antonini, Vladimir, – 1963-História da Farmácia e da Psicologia / Vladimir
Antonini. – Curitiba : V. Antonini, 1997. 1. Farmácia – História. 2. Psicologia – História. I. Título. CDD(20a ed.): 615.1 CDU: 615.1 + 159.9 |
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