Dever ético dos profissionais da saúde

Ao contrário do que se poderia imaginar, quando um fármaco novo é introduzido no mercado, dispõe-se, de maneira geral, apenas de dados suficientes para assegurar que sua margem de segurança é “aceitável” e, segundo Laporte e cols., neste momento pouco ainda se conhece sobre seus efeitos no organismo. Isto ocorre porque os ensaios clínicos aos quais os fármacos são submetidos antes de entrarem no mercado são limitados, não sendo capazes de detectar, por exemplo, reações adversas raras ou associadas ao uso prolongado.Quando um novo fármaco chega às prateleiras das farmácias, todo o conhecimento que se tem a seu respeito até então foi extraído dos estudos pré-comercialização. Nesses estudos, inicialmente avalia-se a toxicidade da nova molécula em animais de laboratório (estudos ou ensaios pré-clínicos) e, caso a toxicidade não seja inaceitável, são realizados estudos em humanos (estudos ou ensaios clínicos) para investigação de aspectos relacionados com a farmacocinética, a eficácia e a toxicidade. Mesmo com a realização desses ensaios, os dados obtidos são ainda considerados limitados, já que existem diferenças importantes entre as condições de uso do fármaco nos estudos clínicos e na prática clínica habitual. Continue lendo

Bilirrubina Delta

INTRODUÇÃO

Trabalhando com cromatografia líqüida de alta performance, um grupo de investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Yale fez duas interessantes observações enquanto determinava as frações de bilirrubina em amostras seqüenciais obtidas de pacientes com uma variedade de distúrbios resultantes em hiperbilirrubinemia. Continue lendo

Bilirrubina

INTRODUÇÃO

A bilirrubina é a resultante do metabolismo da hemoglobina no sistema retículo endotelial, onde a hemoglobina é degradada em bilirrubina + ferro + globina. Esta bilirrubina é glicuronada no fígado (na forma de mono ou diolicuronato) a qual é chamada de direta. Essa bilirrubina vai para o intestino através da árvore biliar. Continue lendo

Musculação ajuda a prevenir câncer e diabetes, mostra pesquisa

Musculação praticada com bom senso e disciplina não garante apenas um corpo mais forte e definido. Segundo estudos muito recentes, esse tipo de treino afasta o câncer e o diabete tipo 2. E, como bônus, você aprimora o sistema cardiovascular, mas te dá artose, artrite, tendinite, escoliose e outras doenças típicas do excesso de peso. A chamada  da notícia é até interessante, mas oculta o lado negro da musculação que é o desgaste das articulações e as lesões de ligamentos causados pelo movimento repetitivo com pesos. Isso os cientistas não falaram. A pesquisa até pode ser séria, ter fundamentos e os resultados aqui divulgados serem verdadeiros, mas omite o principal: a consequência física do exercício com pesos. Continue lendo

Bronca do dia

Acabei de ver na televisão uma reportagem sobre corrida de rua, na qual o apresentador dizia, enfaticamente, que precisa de orientacão e acompanhamento médico para sua prática. Será que até para fazer qualquer tipo de atividade física precisa de orientação e autorização médica? Onde fica o princípio constitucional do direito à privacidade? Onde fica o artigo da CF que diz ” ninguém será obrigado a fazer, ou deixar de fazer qualquer coisa senão em virtude da lei”. Esse tipo de tentativa de ingerência na vida das pessoas é crime, pois viola o sagrado e inalienável direito à privacidade. Médico não é nenhum deus. Não é melhor que ninguém. São os profissionais que mais erram, especialmente na prescrição de fármacos, dos quais sabem, mal e porcamente, o que está escrito nas bulas ou o que os representantes falam. Se essa besteira for levada a sério, logo teremos que contratar um médico para orientar e acompanhar até relações sexuais.

[Voltar]