Sistema da Microsoft é o alvo preferido da ‘gangue do boleto’

O maior problema do M$-Windows não é apenas sua predominância quase absoluta nos microcomputadores domésticos, mas sim o sistema de instalação de programas que é automatizado e baseado em executáveis, bastando apenas “clicar” em um arquivo ou em uma linha ou atalho de endereço para que um programa ou vírus seja instalado. A grande vantagem do Linux está justamente no modo ou processo de instalação de pacotes (no mundo do pinguim os programas ou softwares se chamam pacotes ou packages), que não são instalados automaticamente, dependo exclusivamente da intervenção do usuário ou de repositórios nos quais os pacotes só entram após verificados e assinados digitalmente. Leia mais…

Caso ‘fogueteira do Maracanã’: Juiz de Brasil x Chile diz que já previa confusão

Brasil e Chile se enfrentam, no próximo sábado, no estádio Mineirão, em Belo Horizonte, às 13h, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Um dos jogos mais lembrados entre as duas equipes aconteceu em 1989 e ficou conhecido como “a fogueteira do Maracanã”. O responsável por aquela partida foi o árbitro Juan Lostau, que falou à Rádio ESPN, sobre o episódio. Continue lendo

Pedofilia não é crime, diz advogado em debate; psicólogo contesta

O caso do pensionista da Secretaria da Fazenda, José Abílio da Silva Junior, 48 anos, acusado de pedofilia, foi debatido no Jornal do Piauí desta quarta (03). O advogado criminalista Leôncio Coelho explicou que o pedofilia não é crime, mas sim uma perversão sexual em que o indivíduo sente necessidade de ter prazer com adolescentes que estão na puberdade.
Evelin Santos/Cidadeverde.com
Por não ser crime, uma pessoa acusada de pedofilia não é presa. Porém, se for caracterizada agressão, o acusado é preso. “Se ele for pedófilo, vai para tratamento. Se for agressor sexual, a pena é de cinco anos ao menos. A grande dificuldade é caracterizar quem é pedófilo e quem é agressor. Tem pedófilo preso e agressor em tratamento”, declarou.
Já o psicólogo Eduardo Moita explica porque o pedófilo precisa de tratamento. “Só o desejo sexual por adolescentes na puberdade por um período mínimo de seis meses já caracteriza como pedofilia. Ele precisa de um tratamento porque, independente disso, no dia que ele for solto ele fará de novo”, disse.
O psicólogo reitera ainda que há a dificuldade de distanciar a pedofilia da agressão. “Existe uma dificuldade. A gente não pode, no meu entendimento, separar a pedofilia da agressão. Existem pedófilos que não agridem porque buscam o controle dessa situação e não se aproximam de possíveis vítimas”, explicou.
A conselheira tutelar Maria do Carmo Braz ressalta a importância que os pais tem em sempre procurarem manter um bom relacionamento com seus filhos. Além disso, assegura que a escola também tem papel importante na observação do comportamento dos adolescente.
“A gente percebe hoje que a família fica muito distante do seu filho. Ele chega em casa com algum objeto estranho e a gente não pergunta de onde veio. Esse menino [do caso em questão] é um menino esclarecido, que fez a gravação para comprovar que estava sendo perseguido. A escola hoje em dia tem observado muito e tem chegado muitos casos no conselho denunciados pela escola. Em caso de perceber alguma coisa, chama, conversa, procura o conselho e quando a gente começa a perceber a gente encaminha para delegacia e depois para acompanhamento psicológico”, explica.
Leilane Nunes
leilanenunes@cidadeverde.com

Ibogaína: droga usada para curar a dependência

Tratamento é feito com uma dose de substância extraída da raiz de uma planta africana. Medicamento não é regulamentado pela Anvisa.

Diogo Busse, 28 anos, recorreu à ibogaína depois de anos usando substâncias químicas - clique para ampliarDiogo Nascimento Busse, 28 anos, era usuário de drogas. Du­­rante 13 anos, a vida dele foi semelhante à de outros usuários: mesmo estudando e trabalhando normalmente, passava dias fora de casa e chegou a sofrer alguns acidentes. Tentou inúmeros tratamentos psiquiátricos, psicológicos, medicamentos e internações. Nada deu resultado. Sem saída, mas com esperança de largar a dependência, há dois anos e meio, a curiosidade empurrou Busse para uma substância pouco conhecida no Brasil: a ibogaína.

Tabernanthe ibogaTabernanthe iboga

Substância extraída da raiz da iboga, arbusto encontrado em países africanos, a ibogaína é usada para fins terapêuticos no país há dez anos, por uma única clínica, com sede em Curitiba. Nesse período, 130 usuários de drogas usaram o medicamento, Diogo foi um deles. Há dois anos e meio livre do crack, o advogado e professor universitário conta como foi a experiência. “Foi um renascimento. Foi uma viagem espiritual, de autoconhecimento, expandiu meus horizontes. É inexplicável. Hoje eu analiso o passado e não tenho lembranças positivas daquele tempo”, diz.

 

De acordo com o médico gastroenterologista da clínica Bruno Daniel Rasmussen Chaves, a ibogaína produz uma grande quantidade do hormônio GDNF, que estimula a criação de conexões neuronais, o que ajuda o paciente a perder a vontade de usar drogas. A ibogaína, segundo ele, também produz serotonina e dopamina, neurotransmissores responsáveis pelas sensações de prazer. A droga é processada na Inglaterra e vendida em forma de cápsulas. O preço de uma unidade, quantidade suficiente para o tratamento, gira em torno de R$ 5 mil.

Molécula da ibogaina, C20H26N2OMolécula da ibogaina, C20H26N2O

As imagens que as pessoas enxergam enquanto estão sob o efeito da droga, segundo o médico, são sonhos. “Não se trata de alucinações, a ibogaína não é alucinógena. É como sonhar de olhos abertos, só que durante muito tempo. Durante o sono temos apenas cinco minutos de sonhos a cada duas horas. Com a ibogaína são 12 horas”, explica Chaves.

 

Não é um milagre
Mesmo que os resultados sejam animadores – a taxa de recaída entre os usuários da ibogaína gira em torno de 15%, enquanto nos tratamentos convencionais varia entre 60% e 70% – a substância não é um milagre e nem faz tudo sozinha. De acordo com a psicóloga Cleuza Canan, que há mais de 30 anos trabalha com dependência química, os pacientes passam por três fases. “Avaliamos clinicamente e psiquicamente o paciente. Existe uma fase de desintoxicação. São necessários 60 dias de abstinência para o paciente ir para a ibogaína. Depois que ele toma, começa uma fase que consiste na reorganização e readaptação, com terapia individual e de grupo”, afirma.

A reportagem Gazeta do Povo conversou com ex-usuários de drogas que recorreram à ibogaína. Eles foram unânimes em afirmar que, depois de tomar a substância, nunca mais tiveram vontade de se drogar. “Eu nunca mais tive vontade. Aquela fissura desapareceu. A droga é apenas uma lembrança, nada mais que isso”, diz um paciente que não quis se identificar. Segundo Cleuza, a recaída só é possível se o paciente mantiver os mesmos hábitos. “Se ele frenquentar os mesmos lugares, conviver com os mesmos amigos, achar que está imune”, explica.

“Não existe comprovação científica”
Atualmente, a ibogaína é usada em países como Nova Zelândia e Holanda. Nos Estados Unidos ela serve apenas para fins acadêmicos. No Brasil, a substância não é regulamentada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Apesar de não haver restrições legais ao consumo, a droga não pode ser comercializada em farmácias e nem produzida em laboratórios nacionais. Para consumi-la é necessário importar de outros países.

O Conselho Regional de Medicina do Paraná chegou a fazer um parecer sobre a substância. De acordo com o psiquiatra Marco Antonio Bessa, que assina o documento, não há estudos científicos sérios sobre a droga. “Ela [ibogaína] é totalmente contraindicada. É uma droga alucinógena muito potente, que pode causar sérios problemas psiquiátricos”, diz. Sobre o sucesso da ibogaína, o médico afirma que são apenas relatos. “Não existe comprovação científica. O crack é uma dependência grave, desesperadora para a família, que fica sensibilizada. Mas não existe uma cura milagrosa. É uma grande ilusão achar que a ibogaína pode acabar com o vício”, afirma.

Pesquisas
O médico Rasmussen Chaves rebate as críticas afirmando que existem várias pesquisas sendo desenvolvidas e cita as universidades de Nova York e Miami, nos Estados Unidos, e o Hospital de Sant Pau, em Barcelona, como exemplos. “As pesquisas nestas instituições demonstram que a ibogaína é uma substância efetiva no combate à dependência não só do crack, mas da cocaína e heroína. Não existem relatos de nenhuma complicação psiquiátrica desde o início do uso da substância há 40 anos”, diz. (GA)

http://pt.wikipedia.org/wiki/Iboga%C3%ADna

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